- Tipo de Material: Papel Premium
- Dimensões: 42 x 29,7 (cm) - (Padrão A3)
- Impressão artística de alta qualidade.
- Pronto para emoldurar.
- Perfeito para decorar sua sala, seu quarto, ou mesmo o seu canto de estudos.
- Todos os itens são enviados em embalagens fortes e resistentes para garantir uma entrega segura.
- Produto não acompanha moldura.
A Guerrilha do Araguaia foi um dos momentos mais singulares e menos conhecidos das páginas mais sombrias e difusas da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985).
A guerrilha foi organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), teve influência da Revolução Chinesa. Ao contrário de outras organizações armadas que lutaram contra a ditadura, como a Ação Libertadora Nacional (ALN) e o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), o PC do B não participou da guerrilha urbana, tendo como esteio a Revolução Chinesa, o seu líder, Mao TséTung, e a ideia de guerra popular prolongada, conforme documento lançado pelo partido, intitulado Guerra Popular Prolongada: caminho para a luta armada no Brasil. Nesse, o partido defendia a guerrilha rural partindo do campo para tomar as cidades, tal como havia feito o grande “timoneiro chinês”.
Os militantes do PCdoB instalaram-se na região desde 1966, com intuito de misturaram-se à população de camponeses pobres e catadores de castanhas, na tentativa de criar um foco de guerrilha. O cenário dos combates foi a região do Bico do Pagagaio, na confluência dos rios Araguaia e Tocantins e dos Estados do Pará, Maranhão e Goiás (na região pertencente hoje a Tocantins). O conflito armado, que se desenvolveu na região dos anos de 1972 a 1974.
Vários camponeses aderiram à guerrilha e a auxiliaram, direta e indiretamente.
Ao todo foram realizadas quatro operações na região: Operação Papagaio, Operação Sucuri, Operação Marajoara, Operação Limpeza. Sendo que nessa última a guerrilha já havia sido dizimada, e o objetivo era cobrir os rastros da chacina realizada pelas forças armadas.
Exército, Marinha, Aeronáutica e PM (com apoio dos EUA) contaram com um aparato cujas estimativas oscilam entre 3.500 e 20 mil homens para combater os guerrilheiros do Araguaia.
Foram usadas bombas incendiárias de napalm para abrir clareiras na selva, como faziam os militares dos EUA no Vietnã. Camponeses foram ameaçados, presos e torturados para dar informações (principalmente durante a Operação Marajoara). Alguns, em número incerto, foram assassinados e tornaram-se “desaparecidos”. A partir da segunda campanha, o Exército não fez mais prisioneiros, executando todos os comunistas capturados. Pelo menos 60 guerrilheiros foram mortos, a maioria depois de presos.
Dinalva Conceição Oliveira Teixeira, a 'Dina': foi uma estudante e guerrilheira brasileira, integrante da Guerrilha do Araguaia, durante a ditadura militar brasileira.
Formada em Geologia pela Universidade Federal da Bahia em 1968, 'Dina' foi a mais famosa e temida de todas as guerrilheiras do Araguaia. Militante do movimento estudantil baiano em 1967 e 1968, tendo sido presa, casou com seu colega de turma Antônio Carlos Monteiro Teixeira — que na guerrilha teria o codinome 'Antônio da Dina' — e mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde trabalharam no Ministério das Minas e Energia, e como militantes comunistas faziam trabalho social nas favelas cariocas.
Dinalva Conceição Oliveira Teixeira se enquadra como desaparecida política. Isso porque os seus restos mortais não foram encontrados e nem entregues para os familiares. Com isso, Dinalva não pode ser sepultada até hoje.
Ângelo Arroyo: operário metalúrgico Ângelo Arroyo militou no movimento sindical paulista durante a década de 1950, quando se tornou um dos líderes do Sindicato dos Metalúrgicos. Em 1945, entrou para o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e depois se tornou membro do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Na resistência ao golpe civil-militar, ajudou a criar e a organizar os destacamentos guerrilheiros do sul do Pará, na região do Araguaia. Era um dos comandantes dessa organização guerrilheira e foi um dos poucos combatentes da Guerrilha do Araguaia que sobreviveu e furou o cerco militar. Conseguiu retornar a São Paulo, levando consigo um relatório detalhado sobre as atividades da guerrilha e a respeito da prisão e morte de seus companheiros guerrilheiros.
Foi fuzilado em 16 de dezembro de 1976, durante um ataque dos militares a uma reunião do Comitê Central do PCdoB, que ficou conhecido como Chacina da Lapa, uma das mais cruéis ações da ditadura. Agentes do DOI-Codi de São Paulo cercaram e atacaram uma casa no bairro da Lapa, na capital paulista, e assassinaram, além de Ângelo Arroyo, Pedro Pomar e João Baptista Franco Drummond, outros membros do partido. Seu relatório sobre o que se passou no Araguaia foi apreendido na mesma noite, e é considerado até hoje o mais completo documento sobre a repressão e os desparecidos da guerrilha.
Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão: era esportista, engenheiro, oficial da reserva do Exército e membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), organização por meio da qual embarcou na luta armada. Foi um dos primeiros participantes da Guerrilha do Araguaia, na região do Bico do Papagaio, próxima da fronteira entre o Pará e o Tocantins, local onde foi visto com vida pela última vez. Segundo registros oficiais, é dado como morto, embora seus restos mortais nunca tenham sido encontrados.
Ainda antes do golpe, na década de 1950, Osvaldão foi campeão de boxe amador, no Rio de Janeiro, e se tornou oficial de reserva do Exército brasileiro após cursar o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR). Nunca, porém, chegou a servir às Forças Armadas. Pelo contrário. Mais tarde, iria à Tchecoslováquia, aliada da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), para se formar engenheiro na Universidade de Praga.
Próximo ao término de seu curso, retornou ao Brasil. Entre 1966 e 1967, rumou ao Araguaia, onde seria responsável pela criação da guerrilha de resistência à ditadura. Instalou-se e fez amizade com a maioria dos camponeses, garimpeiros e ribeirinhos. Ninguém conhecia a área tão bem quanto Osvaldão. Era muito querido e respeitado pela população e também por seus companheiros de militância. Dizia-se que era uma figura inconfundível: forte, negro, com quase dois metros de altura. Tornou-se uma lenda local, por suas habilidades, capacidade de liderança e espírito meigo e afetuoso.
Maurício Grabois: foi um dos mais atuantes comunistas brasileiros. Eleito deputado federal como companheiro de chapa de Prestes, eleito senador. Participou da Assembleia Constituinte de 1945-1946 e liderou a bancada comunista, que tinha então 14 deputados (entre eles Jorge Amado). Também foi membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Após o golpe de 1964, Maurício Grabois foi um dos principais defensores da posição em defesa da luta armada no partido.
Junto com outros companheiros do PCdoB, deu o melhor de suas energias revolucionárias na preparação da luta e na resistência armada do Araguaia.
Para dar início a uma guerrilha, Grabois chega à região do Araguaia em dezembro de 1967, para organizar o levante revolucionário. Levou para lá o filho André Grabois, que seria morto em combate em 1973. Grabois comandou a guerrilha por seis anos, até ser morto por forças do Exército no dia de natal de 1973, junto com mais três companheiros, um deles seu genro, Gilberto Olímpio Maria. Seu corpo, assim como o de seu filho, André, o de seu genro, Gilberto, nunca foram encontrados.
1 x de R$29,90 sem juros | Total R$29,90 | |
2 x de R$14,95 sem juros | Total R$29,90 | |
3 x de R$9,97 sem juros | Total R$29,90 | |
4 x de R$8,37 | Total R$33,49 | |
5 x de R$6,73 | Total R$33,66 | |
6 x de R$5,64 | Total R$33,84 | |
7 x de R$4,84 | Total R$33,90 | |
8 x de R$4,26 | Total R$34,08 | |
9 x de R$3,81 | Total R$34,29 | |
10 x de R$3,44 | Total R$34,42 | |
11 x de R$3,14 | Total R$34,58 | |
12 x de R$2,89 | Total R$34,70 |